1º Capitulo
Era uma noite como outra qualquer. Mais uma noite solitária e cheia de nada para fazer.
Não tinha amigos com quem sair, nem namorado para planejar um fim-de-semana a dois.
Só lhe restavam a solidão e o computador. Ah! Esse sim era seu amigo, companheiro de todas as horas.
Não tendo o que pesquisar na Internet, Lali acessava sites aleatórios, buscando algum conhecimento a mais, algo para passar o tempo.
Numa dessas entrada em sites e provedores, descobriu uma sala de bate-papo. Tinha horror às salas de bate-papo!
(Lali) Não acredito! Mas fazer o que? Vou ver o que tem de bom nessa sala.
Tempos atrás, gostava de acessar essas salas, mas nunca encontrou sequer uma amiga com quem desabafar seus problemas.
Todas as mulheres com quem conversava estavam em busca de relacionamentos com homens disponíveis, e não em busca de amizades.
Lali nunca entrou nessas salas à procura de homens virtuais. Achava uma tremenda bobagem os papos que via rolar nessas salas. Homens conversando com mulheres, sugerindo coisas como se estivessem um em frente ao outro.
Não! Lali preferia a realidade ao mundo virtual. Mesmo sem ter muitos amigos e relacionamentos amorosos, nunca quis recorrer aos encontros virtuais.
Mas hoje era uma noite diferente. Hoje ela estava deprimida, com raiva do mundo, naquelas noites em que dá vontade de pedir a Deus: "Para o mundo que eu quero descer!"
Nessa noite, Lali estava desiludida com os homens, pois tinha acabado de terminar seu namoro com Pablo, e também estava com raiva das amigas, principalmente de Rocio, por tê-la abandonado sozinha na sua noite de aniversário.
(Lali) Nunca pensei que a Rocio poderia ser assim. E o Pablo? Ele me traiu com a Maria del Cerro, como é que pode? É tão simples viver, por que as pessoas complicam tanto as coisas. Se uma pessoa gosta de outra, por que não demonstrar isso sempre, fazendo tudo o que o outro gosta? Por que não conversam calmamente quando surgia um ponto de vista diferente?
Nesse auge da desilusão, Lali visitou uma sala de bate-papo. Displicentemente. Só queria ver o que conversavam atualmente. Se já haviam passado daquela fase grosseira de sugerirem sexo virtual. Começou a ler em voz alta, os diálogos, com sarcasmo na voz:
Daniela diz: Olá Agustin, quer tc comigo?
Agustin diz: Tudo bem, gata! De onde você é?
(Lali) Esse povo não muda o papo! Aff!
Feijãozinho diz: Oi, Flor de Lis! Quanto tempo, garota!
Flor de Lis diz: Oi Feijãozinho, kkkk. Que saudade! Onde tem andado?
(Lali) Feijãozinho? Que nick horroroso! Não está vendo logo que eu nunca iria teclar com alguém que se apelida de Feijãozinho???
Lali começa a rir, esqueçando por alguns instantes, a sua angústia e aumentando mais ainda seu desprezo pelos seres humanod.
Correu os olhos em outras conversas, e todas seguiam no mesmo nivel.
(Lali) Credo! Nada mudou! Que decepção!
Lali já estava para sair do site, quando um diálogo chamou sua atenção:
Vampiro diz: Sim... sou um vampiro de verdade!
Belén diz: Como pode provar?
Vampiro diz: Não preciso provar nada para você, doce mortal!
Belén diz: Quantos anos você tem?
Vampiro diz: 487
Belén diz: Ok. Vamos fazer de conta que acredito. Conte-me alguma coisa que viu durante esse tempo de exitência...
E Lali continuou lendo o que o suposto vampiro dizia, à pobre moça, que parecia estar caindo naquela lábia ultrapassada.
Já havia se deparado com vários desses. Alguns eram garotinhos de 11 anos, outros, rapazinhos de 14,15,16,17 anos, que curtiam um filmezinho ou um livro de terror e logo se apelidavam de Drácula, Lestat, Armand, Marius, etc.
Mas o diálogo estava mesmo muito interessante. Pelo teor da conversa, Lali detectou ali uma pessoa mais madura. Pela sua experiência em diálogo com rapazes fúteis, sabia que aquele era um caso à parte.
(Lali) Quer saber, vou entrar nessa conversa, mas claro que reservadamente para não criar atrito com a moça que "ele" teclava. Não irei colocar meu nome, e sim um nick. Acho que Solitária.
Solitária diz: Oi. Estive olhando seu diálogo com a Belén. Posso teclar com você também?
Vampiro diz: Sim.
Solitária diz: Vi você contando a ela suas experiências ao longo dos seu 487 anos e gostaria de saber algumas coisas.
Vampiro diz: É só perguntar. Hoje estou bonzinho com os mortais e tenho a eternidade pela frente. Posso dispor de alguns minutinhos com vocês.
(Lali) Que presunçoso!
Só que o que Lali não estava percebendo, é que já estava caindo na lábia desse pseudovampiro.
Solitária diz: O que você acha dos seres humano?
Vampiro diz: Acho-os completamente bobos! Durante minha vida enfadonha de vampiro solitário, vejo como vocês desperdiçam seu tempo em busca de poder e dinheiro e depois não tem saúde para gozar dele. A vida é extremamente simples, mas vocês complicam tudo ao seu redor. Por causa do direito de escolha, um sempre acha sua escolha melhor que a do outro e passam a vida inteira tentando provar isso. Não só na vida profissional, como também na vida a dois, na vida familiar. Desde pequeninos que os mortais são exortados a competir um com o outro, enquanto o certo seria eles serem incentivado a conviver um com o outro. Sinto pena de vocês... Tão frágeis e se julgando tão fortes! Dizem a sim mesmos: "Para morrer, basta estar vivo!", mas se desesperam quando se veem doentes ou quando morre algum ente querido. Ficam surpresos, como se fossem viver para sempre.
Num misto de surpresa e curiosidade, Lali continua aquele diálogo. Ele digitava velozmente e, apesar de escrever bastante, sua mensagem aparecia muito rápido.
NO PRÓXIMO CAPITULO...
Lali continua sua conversa com esse suposto "vampiro". O medo bate o coração da jovem solitária. Ela faz perguntas que deixam o Vampiro com raiva.
Solitária diz: O que você chama de segredo?
Vampiro diz: O que você chama de Dúvidas.
Solitária diz: Dúvidas? Dúvidas não é segredo!
Vampiro diz: Mas as suas são, menina! Desde pequenina...
CONTINUA
Obs.: Era pra começar somente amanhã, mas como a Web-Novela é muito Extensa (76 Capitulos Prontos), decidi começar hoje. Espero que tenham gostado! E cuidado para não se deparar com esse "Vampiro da Internet"
2º Capitulo
CENA I
Lali estava agitada, agora, por ver suas ideias, seu modo de pensar, serem expressos por outra pessoa. Nunca havia encontrado alguém que compartilhasse esse tipo de conversa, e agora tinha ali alguém com quem conversar. Deu continuidade, não por que achasse que ele era um vampiro, mas por acreditar que, pelo menos, havia encontrado uma pessoa inteligente para conversar numa sala de bate-papo. Resolveu fazer seu jogo:
Solitária diz: E você nunca foi mortal?
Vampiro diz: Claro que sim, minha querida! Mas isso é história para outro dia...
Solitária diz: Não! Quero saber agora!
Vampiro diz: JÁ DISSE QUE OUTRO DIA
Lali quase caiu da cadeira ao ler sua resposta! A autoridade quase vinha impressa nas letras digitadas, e ela sentiu seu coração aos pulos.
(Lali) Meu Deus! Será que estou com medo? Ora Lali, pare com isso, ele é só um cara, no minimo, meio pirado.
Mas o medo não saia de perto dela e, de repente, o quarto onde estava o computador lhe pareceu mais escuro e assustador. Resolveu continuar com a conversa, ignorando a última resposta:
Solitária diz: Como você "vive"? Como os vampiros dos filmes? Sai à noite, teme as cruzes e igrejas, tem medo de alho... risos... Essas coisas?
Vampiro diz: É obvio que você lê livros e assiste a filmes do velho Drácula! Claro que não, menia! Os vampiros de hoje em dia não são mais como os antigos. Os mortais mudaram, evoluíram, têm novas tecnologias, e você aí, achando que os Eternos ficaram para trás! Quanta Ignorância! Quanta Prepotência! Vê que tenho razão em afirmar que os SERES HUMANOS pensam ser grandes coisas, mas não passam de MISERÁVEIS E RIDICULAS criaturas que nunca deveriam ter existido.
Solitária diz: Ok, Sr. Sabe-Tudo, mas não respondeu minha pergunta...
Vampiro diz: Vivo em vários lugares... Dos altos dos edificios vejo todos vocês. Presas fáceis... Acham que estão seguros em seus esconderijos que chamam de apartamento, mas posso ver tudo o que fazem. Até você menina! Sua angústia, sua solidão, seus segredos... (risos... gargalhadas...)
Solitária diz: Meus segredos? Minha vida não tem segredos! Sou uma mortal das mais comuns. Angustiada? Talvez. Solitária? Sempre. Isso qualquer pessoa pode deduzir. Mas quanto a esses segredos que menciona, isso não passa de invencionice sua para tentar me convencer de que é um vampiro!
Vampiro diz: Não preciso lhe convencer de nada! Apenas resolvi conversar um pouco com você e não estou aqui tentando lhe provar, convencer ou fazer você crer em coisa alguma. Sou o que sou e não é você, reles mortal, que vai me tirar do sério com suas afirmações patéticas! É claro que você tem segredos!! Quer que os coloque aqui?
Lali pensou duas vezes. Não tinha idéia de segredo algum, mas esse homem, vampiro, ser, demônio ou sabe-se lá o quê estava deixando-a em dúvida e confusa. Sentiu algo estranho em seu íntimo. Pensou que era nervosismo por estar irritando alguém, mas descobriu-se ainda com medo.
Solitária diz: O que você chama de segredo?
Vampiro diz: O que você chama de dúvidas.
Solitária diz: Dúvidas? Dúvida não é segredo!
Vampiro diz: Mas as suas são, menina! Desde pequenina...
O coração de Lali deu um salto dentro do peito. Sentiu os pêlos do corpo inteiro se eriçarem.
(Lali) Desde pequenina... ??? Como ele sabe?
Lali engoliu em seco, respirou fundo e tentou conversar, displicentemente...
CENA II
(Rocio) Minha amiga deve estar precisando de mim. Vou ligar para ela.
Rocio pega o telefone para ligar para Lali.
(Telefonista) ESSE NÚMERO NÃO EXISTE
(Rocio) Que? Será que disquei errado?
Rocio tenta ligar de novo, só que cada vez que liga para Lali, sempre ouve a mesma mensagem.
CENA III
(Pablo) Por que que eu fui trair a Lali? Será que é porque eu não a amava o suficiente? Será que um dia ela irá me perdoar. Só que ela era muito estranha, por isso que vive só. Mas mesmo assim, eu ainda a amo.
(Maria) Pensando naquela esquisita?
(Pablo) Ela não é esquisita.
(Maria) Tá certo, agora pare de pensar nela e volte para a cama, quero brincar mais com você.
Pablo e Maria fazem sexo.
CENA IV
Solitária diz: Cite uma dessas dúvidas, Sr. Sabe-Tudo!
Vampiro diz: Como você fazia "aquelas coisas" quando pequena. Por que deixou de fazê-las conscientemente. Por que hoje ainda as faz, mas diz a si mesma que é só coincidência... Por que tem medo de seguir seus instintos... E principalmente: por que tem medo de saber quem é...
Solitária diz: Você é louco! Nunca tive essas dúvidas!
Mentiu Lali, mordendo os lábios, quase à beira das lágrimas. De repente, seu mundo, que estava ruim, tornou-se pior e sombrio. Lembranças já esquecidas em seu íntimo vieram à tona, dando um desespero sufocante. Quis desligar o Computador, chutá-lo, jogar teclado, mouse e toda a parafernália cibernética para longe, junto com aquele invasor. Queria mandá-lo para o quinto dos infernos!
Com as mãos trêmulas, achou melhor não mais disfarçar, não mais mentir. Entregou os pontos, sentindo-se idiota.
Solitária diz: QUEM É VOCÊ, MISERÁVEL?!
A resposta veio calma, como um mar sem ondas.
Vampiro diz: Já disse... Sou um Vampiro...
Solitária diz: Não! Eu sei quem você é!
Vampiro diz: Sabe? É... talvez saiba mesmo... Já que é o que penso que você é.
Solitária diz: Não.. Não sei como, mas... mas... sinto uma coisa estranha. Sensações estranhas. Não sensações novas, mas como se estivesse lembrando de alguma coisa adormecida... Sinto que você não é o que diz ser, mas algo muito mais... PERIGOSO.
Vampiro diz: Tsc, tsc, tsc... Não se subestime, mortal (ou como devo chamá-la agora?). Sinta... Pense com seu íntimo, com seu espirito, com o seu dom e logo irá descobrir quem somos...
NO PRÓXIMO CAPITULO...
As dúvidas de Lali continuam, ela precisa abandonar essa sala, mas seus instintos não a deixam. Ela e esse vampiro cada vez mais próximos. Ela já o sentia parte de sua vida...
CENA I
Lali estava agitada, agora, por ver suas ideias, seu modo de pensar, serem expressos por outra pessoa. Nunca havia encontrado alguém que compartilhasse esse tipo de conversa, e agora tinha ali alguém com quem conversar. Deu continuidade, não por que achasse que ele era um vampiro, mas por acreditar que, pelo menos, havia encontrado uma pessoa inteligente para conversar numa sala de bate-papo. Resolveu fazer seu jogo:
Solitária diz: E você nunca foi mortal?
Vampiro diz: Claro que sim, minha querida! Mas isso é história para outro dia...
Solitária diz: Não! Quero saber agora!
Vampiro diz: JÁ DISSE QUE OUTRO DIA
Lali quase caiu da cadeira ao ler sua resposta! A autoridade quase vinha impressa nas letras digitadas, e ela sentiu seu coração aos pulos.
(Lali) Meu Deus! Será que estou com medo? Ora Lali, pare com isso, ele é só um cara, no minimo, meio pirado.
Mas o medo não saia de perto dela e, de repente, o quarto onde estava o computador lhe pareceu mais escuro e assustador. Resolveu continuar com a conversa, ignorando a última resposta:
Solitária diz: Como você "vive"? Como os vampiros dos filmes? Sai à noite, teme as cruzes e igrejas, tem medo de alho... risos... Essas coisas?
Vampiro diz: É obvio que você lê livros e assiste a filmes do velho Drácula! Claro que não, menia! Os vampiros de hoje em dia não são mais como os antigos. Os mortais mudaram, evoluíram, têm novas tecnologias, e você aí, achando que os Eternos ficaram para trás! Quanta Ignorância! Quanta Prepotência! Vê que tenho razão em afirmar que os SERES HUMANOS pensam ser grandes coisas, mas não passam de MISERÁVEIS E RIDICULAS criaturas que nunca deveriam ter existido.
Solitária diz: Ok, Sr. Sabe-Tudo, mas não respondeu minha pergunta...
Vampiro diz: Vivo em vários lugares... Dos altos dos edificios vejo todos vocês. Presas fáceis... Acham que estão seguros em seus esconderijos que chamam de apartamento, mas posso ver tudo o que fazem. Até você menina! Sua angústia, sua solidão, seus segredos... (risos... gargalhadas...)
Solitária diz: Meus segredos? Minha vida não tem segredos! Sou uma mortal das mais comuns. Angustiada? Talvez. Solitária? Sempre. Isso qualquer pessoa pode deduzir. Mas quanto a esses segredos que menciona, isso não passa de invencionice sua para tentar me convencer de que é um vampiro!
Vampiro diz: Não preciso lhe convencer de nada! Apenas resolvi conversar um pouco com você e não estou aqui tentando lhe provar, convencer ou fazer você crer em coisa alguma. Sou o que sou e não é você, reles mortal, que vai me tirar do sério com suas afirmações patéticas! É claro que você tem segredos!! Quer que os coloque aqui?
Lali pensou duas vezes. Não tinha idéia de segredo algum, mas esse homem, vampiro, ser, demônio ou sabe-se lá o quê estava deixando-a em dúvida e confusa. Sentiu algo estranho em seu íntimo. Pensou que era nervosismo por estar irritando alguém, mas descobriu-se ainda com medo.
Solitária diz: O que você chama de segredo?
Vampiro diz: O que você chama de dúvidas.
Solitária diz: Dúvidas? Dúvida não é segredo!
Vampiro diz: Mas as suas são, menina! Desde pequenina...
O coração de Lali deu um salto dentro do peito. Sentiu os pêlos do corpo inteiro se eriçarem.
(Lali) Desde pequenina... ??? Como ele sabe?
Lali engoliu em seco, respirou fundo e tentou conversar, displicentemente...
CENA II
(Rocio) Minha amiga deve estar precisando de mim. Vou ligar para ela.
Rocio pega o telefone para ligar para Lali.
(Telefonista) ESSE NÚMERO NÃO EXISTE
(Rocio) Que? Será que disquei errado?
Rocio tenta ligar de novo, só que cada vez que liga para Lali, sempre ouve a mesma mensagem.
CENA III
(Pablo) Por que que eu fui trair a Lali? Será que é porque eu não a amava o suficiente? Será que um dia ela irá me perdoar. Só que ela era muito estranha, por isso que vive só. Mas mesmo assim, eu ainda a amo.
(Maria) Pensando naquela esquisita?
(Pablo) Ela não é esquisita.
(Maria) Tá certo, agora pare de pensar nela e volte para a cama, quero brincar mais com você.
Pablo e Maria fazem sexo.
CENA IV
Solitária diz: Cite uma dessas dúvidas, Sr. Sabe-Tudo!
Vampiro diz: Como você fazia "aquelas coisas" quando pequena. Por que deixou de fazê-las conscientemente. Por que hoje ainda as faz, mas diz a si mesma que é só coincidência... Por que tem medo de seguir seus instintos... E principalmente: por que tem medo de saber quem é...
Solitária diz: Você é louco! Nunca tive essas dúvidas!
Mentiu Lali, mordendo os lábios, quase à beira das lágrimas. De repente, seu mundo, que estava ruim, tornou-se pior e sombrio. Lembranças já esquecidas em seu íntimo vieram à tona, dando um desespero sufocante. Quis desligar o Computador, chutá-lo, jogar teclado, mouse e toda a parafernália cibernética para longe, junto com aquele invasor. Queria mandá-lo para o quinto dos infernos!
Com as mãos trêmulas, achou melhor não mais disfarçar, não mais mentir. Entregou os pontos, sentindo-se idiota.
Solitária diz: QUEM É VOCÊ, MISERÁVEL?!
A resposta veio calma, como um mar sem ondas.
Vampiro diz: Já disse... Sou um Vampiro...
Solitária diz: Não! Eu sei quem você é!
Vampiro diz: Sabe? É... talvez saiba mesmo... Já que é o que penso que você é.
Solitária diz: Não.. Não sei como, mas... mas... sinto uma coisa estranha. Sensações estranhas. Não sensações novas, mas como se estivesse lembrando de alguma coisa adormecida... Sinto que você não é o que diz ser, mas algo muito mais... PERIGOSO.
Vampiro diz: Tsc, tsc, tsc... Não se subestime, mortal (ou como devo chamá-la agora?). Sinta... Pense com seu íntimo, com seu espirito, com o seu dom e logo irá descobrir quem somos...
NO PRÓXIMO CAPITULO...
As dúvidas de Lali continuam, ela precisa abandonar essa sala, mas seus instintos não a deixam. Ela e esse vampiro cada vez mais próximos. Ela já o sentia parte de sua vida...
3º Capitulo
Lali estava cada vez mais confusa. Sua cabeça dava voltas, tentando coordenar em ideias todas as novas sensações que tomaram conta do seu ser. De repente, muitas coisas faziam sentido. Por que não se adaptara até hoje às ideias de muitos? Por que sentia bem somente em companhia de determinadas pessoas? Por que sempre tivera a impressão de que não fazia parte desse mundo?...
(Lali) Que Loucura! Não posso deixar que esse louco faça de minha pobre cabecinha sua fonte de ideias deturpadas.
De repente, teve a impressão de que andara sonhando. Que aquilo tudo nunca existiu. Que aquela conversa não havia tomado aquele rumo, mas, quanto mais pensava nisso, mais sentia o contrário: a verdade é que estava saindo de um sonho e só agora via uma realidade plausível.
As sensações que tinha eram reais, e o que vinha em seu cérebro eram lembranças adormecidas, dessas que a gente esquece mesmo, mas basta uma palavra para tudo vir à tona. Entretanto, no meio dessa confusão, de uma coisa Lali tinha certeza.
(Lali) Tenho que tomar muito cuidado com esse tal vampiro.
Conseguiu organizar um pouco seus pensamentos, controlando seu intimo, e fazendo uma das "coisas" que nunca deixara de fazer de que "o ser" havia mencionado: bloqueou sua mente contra pretensos invasores. Fazia isso por instinto, achando que era uma coisa que todo ser humano fazia, mas quando começou a mencionar isso para as outras crianças e adultos, começaram a olhá-la estranhamente, por isso passou a ignorar alguns dons, mas esse ela nunca havia deixado de fazer, pois por instinto, sabia que precisava se proteger. E foi isso que ela fez. Lali continuou seu diálogo, mais segura de si, apesar da mistura de fantasia e de realidade que teimavam em brigar no se cérebro.
Solitária diz: Ok, amigo. Podemos continuar nossa conversa?
Vampiro diz: Sem dúvida! A conversa está cada vez melhor! Mas sinto que houve uma mudança em você. É impressão desse velho vampiro? Não lhe sinto mais angustiada, nem solitária... Podia até mudar esse nick (risos...) Você parece mais fortalecida. Espero ter contribuido para isso... Percebo que sua Proteção é muito grande...
Solitária diz: Está se divertindo, não é? Mas sei que você não é isso tudo que imagina ser. Só para completar meu raciocinio, você poderia responder de uma vez a pergunta que lhe fiz antes?
Vampiro diz: Qual? A pergunta sobre como eu vivo? Claro menina! Como estava lhe dizendo, não somos mais os seres exilados que vocês imaginam que somos! Vivemos tanto no dia quanto na noite. Trabalhamos em diversos ofícios, como um ser humano qualquer. Eu, por exemplo, sou um cantor e um ator argentino. É muito fácil conviver em meio aos mortais, passando-se por um deles... Você sabe disso, afinal, utiliza-se do mesmo recurso, só que por causas diferentes! Ah! Não sei por que perco meu precioso tempo falando coisas que você já sabe! Você quase me convence de que não lembra de nada mesmo!
Solitária diz: Mas não me lembro, mesmo! Eu... Eu... Lembro de flashes! Pensamentos que parecem sonhos. Visões quando estou acordada, mas nenhuma lembrança concreta de nada. Do que você está falando?
Vampiro diz: Então, como já lhe disse que hoje estou bonzinho, vou tentar lhe ajudar. Aceita minha ajuda?
Solitária diz: Acho que sim. Não tenho mesmo muita escolha. Mas como posso lhe encontrar de novo? Como posso saber que isso tudo não foi um sonho idiota? Como saber se, depois que eu desligar o pc, não me sentirei a mais completa das idiotas, ao ver que caí numa conversa com um cara comum, só que mais inteligente que os que costumo ver?
Vampiro diz: Ah! Obrigado pelo inteligente! Você também é, e isso foi uma das coisas que me fez conversar com você. Perguntou-me como saber se isso tudo foi verdade? Entre depois nessa mesma sala de bate-papo e procure-me. Você certamente saberá que sou eu. Tenho uma surpresa para você, mas só depois de alguns dias você saberá. Tenho que ir agora. Beijos... de vampiro, pra você, doce... imortal... (kakakaka).
Lali ficou um longo tempo parada, olhando o computador à sua frente. Não conseguiu entender bem o que ele havia dito.
(Lali) O que ele queria dizer com surpresa? Por que alguns dias depois? Por que não amanhã?
Lali desligou a máquina e foi dormir. Os pensamentos se atropelavam em sua cabeça e revirou-se inúmeras vezes na cama até conseguir pegar no sono.
No dia seguinte, como previsto, lembrou-se da história com um sorriso e sentiu-se uma completa idiota.
(Lali) Onde estava com a cabeça quando se deixei envolver por um hacker? É claro que ele só poderia ser um hacker. Sabia algumas coisas sobre mim por ter, certamente invadido meu micro, descobrindo minhas conversas com as amigas, e jogou aqueles "verdades" fazendo-a embarcar nas suas "viagens" emocionais. Ele deve ter se aproveitado ao ver meu nick, Solitária, e deduziu que eu estava angustiada por estar até aquela hora na internet, em pleno sábado. Como fui idiota?
CENA II
(Rocio) Gastón?
(Gastón) Oi amor.
(Rocio) Acredita que eu tento ligar para a Lali e nunca dá certo!
(Gastón) Pera ae, vou tentar.
Gastón tenta ligar para Lali.
(Telefonista) ESSE NÚMERO NÃO EXISTE.
(Gastón) Valha! Mas não deve ser nada de mais.
(Rocio) Tomara que não.
CENA III
(Policial) Qual foi a causa da morte dessa moça?
(Perito) Parada respiratória.
(Policial) Nossa! Uma moça tão jovem morrer disso?
O que eles não perceberam foi dois furinhos bem pequeninos no seu pescoço.
(Vampiro) Hahaha
NO PRÓXIMO CAPITULO...
Ilusões, Dúvidas, Segredos...
A vida de Lali está cada vez mais dificil, só que com a ajuda de Euge ela tenta se livrar desse mundo. Só que não adianta. O primeiro beijo entre Lali e o Vampiro acontece.
CONTINUA
Lali estava cada vez mais confusa. Sua cabeça dava voltas, tentando coordenar em ideias todas as novas sensações que tomaram conta do seu ser. De repente, muitas coisas faziam sentido. Por que não se adaptara até hoje às ideias de muitos? Por que sentia bem somente em companhia de determinadas pessoas? Por que sempre tivera a impressão de que não fazia parte desse mundo?...
(Lali) Que Loucura! Não posso deixar que esse louco faça de minha pobre cabecinha sua fonte de ideias deturpadas.
De repente, teve a impressão de que andara sonhando. Que aquilo tudo nunca existiu. Que aquela conversa não havia tomado aquele rumo, mas, quanto mais pensava nisso, mais sentia o contrário: a verdade é que estava saindo de um sonho e só agora via uma realidade plausível.
As sensações que tinha eram reais, e o que vinha em seu cérebro eram lembranças adormecidas, dessas que a gente esquece mesmo, mas basta uma palavra para tudo vir à tona. Entretanto, no meio dessa confusão, de uma coisa Lali tinha certeza.
(Lali) Tenho que tomar muito cuidado com esse tal vampiro.
Conseguiu organizar um pouco seus pensamentos, controlando seu intimo, e fazendo uma das "coisas" que nunca deixara de fazer de que "o ser" havia mencionado: bloqueou sua mente contra pretensos invasores. Fazia isso por instinto, achando que era uma coisa que todo ser humano fazia, mas quando começou a mencionar isso para as outras crianças e adultos, começaram a olhá-la estranhamente, por isso passou a ignorar alguns dons, mas esse ela nunca havia deixado de fazer, pois por instinto, sabia que precisava se proteger. E foi isso que ela fez. Lali continuou seu diálogo, mais segura de si, apesar da mistura de fantasia e de realidade que teimavam em brigar no se cérebro.
Solitária diz: Ok, amigo. Podemos continuar nossa conversa?
Vampiro diz: Sem dúvida! A conversa está cada vez melhor! Mas sinto que houve uma mudança em você. É impressão desse velho vampiro? Não lhe sinto mais angustiada, nem solitária... Podia até mudar esse nick (risos...) Você parece mais fortalecida. Espero ter contribuido para isso... Percebo que sua Proteção é muito grande...
Solitária diz: Está se divertindo, não é? Mas sei que você não é isso tudo que imagina ser. Só para completar meu raciocinio, você poderia responder de uma vez a pergunta que lhe fiz antes?
Vampiro diz: Qual? A pergunta sobre como eu vivo? Claro menina! Como estava lhe dizendo, não somos mais os seres exilados que vocês imaginam que somos! Vivemos tanto no dia quanto na noite. Trabalhamos em diversos ofícios, como um ser humano qualquer. Eu, por exemplo, sou um cantor e um ator argentino. É muito fácil conviver em meio aos mortais, passando-se por um deles... Você sabe disso, afinal, utiliza-se do mesmo recurso, só que por causas diferentes! Ah! Não sei por que perco meu precioso tempo falando coisas que você já sabe! Você quase me convence de que não lembra de nada mesmo!
Solitária diz: Mas não me lembro, mesmo! Eu... Eu... Lembro de flashes! Pensamentos que parecem sonhos. Visões quando estou acordada, mas nenhuma lembrança concreta de nada. Do que você está falando?
Vampiro diz: Então, como já lhe disse que hoje estou bonzinho, vou tentar lhe ajudar. Aceita minha ajuda?
Solitária diz: Acho que sim. Não tenho mesmo muita escolha. Mas como posso lhe encontrar de novo? Como posso saber que isso tudo não foi um sonho idiota? Como saber se, depois que eu desligar o pc, não me sentirei a mais completa das idiotas, ao ver que caí numa conversa com um cara comum, só que mais inteligente que os que costumo ver?
Vampiro diz: Ah! Obrigado pelo inteligente! Você também é, e isso foi uma das coisas que me fez conversar com você. Perguntou-me como saber se isso tudo foi verdade? Entre depois nessa mesma sala de bate-papo e procure-me. Você certamente saberá que sou eu. Tenho uma surpresa para você, mas só depois de alguns dias você saberá. Tenho que ir agora. Beijos... de vampiro, pra você, doce... imortal... (kakakaka).
Lali ficou um longo tempo parada, olhando o computador à sua frente. Não conseguiu entender bem o que ele havia dito.
(Lali) O que ele queria dizer com surpresa? Por que alguns dias depois? Por que não amanhã?
Lali desligou a máquina e foi dormir. Os pensamentos se atropelavam em sua cabeça e revirou-se inúmeras vezes na cama até conseguir pegar no sono.
No dia seguinte, como previsto, lembrou-se da história com um sorriso e sentiu-se uma completa idiota.
(Lali) Onde estava com a cabeça quando se deixei envolver por um hacker? É claro que ele só poderia ser um hacker. Sabia algumas coisas sobre mim por ter, certamente invadido meu micro, descobrindo minhas conversas com as amigas, e jogou aqueles "verdades" fazendo-a embarcar nas suas "viagens" emocionais. Ele deve ter se aproveitado ao ver meu nick, Solitária, e deduziu que eu estava angustiada por estar até aquela hora na internet, em pleno sábado. Como fui idiota?
CENA II
(Rocio) Gastón?
(Gastón) Oi amor.
(Rocio) Acredita que eu tento ligar para a Lali e nunca dá certo!
(Gastón) Pera ae, vou tentar.
Gastón tenta ligar para Lali.
(Telefonista) ESSE NÚMERO NÃO EXISTE.
(Gastón) Valha! Mas não deve ser nada de mais.
(Rocio) Tomara que não.
CENA III
(Policial) Qual foi a causa da morte dessa moça?
(Perito) Parada respiratória.
(Policial) Nossa! Uma moça tão jovem morrer disso?
O que eles não perceberam foi dois furinhos bem pequeninos no seu pescoço.
(Vampiro) Hahaha
NO PRÓXIMO CAPITULO...
Ilusões, Dúvidas, Segredos...
A vida de Lali está cada vez mais dificil, só que com a ajuda de Euge ela tenta se livrar desse mundo. Só que não adianta. O primeiro beijo entre Lali e o Vampiro acontece.
CONTINUA